quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Qual será a consequencia do nosso progresso?

"O progresso constrói caminhos retos;
mas caminhos tortuosos sem progresso
são caminhos de gênio"
(William Blake – Provérbios do inferno)

Como nos delírios futuristas de Julio Verne, estamos vivendo numa era de ficção científica... Viva!... Ainda não temos andróides, espaçonaves intergalácticas ou civilizações curtindo as férias na lua, tampouco temos algo que quando criança eu imaginara que teríamos agora: Carros voadores e skates flutuantes tal como no filme: “Back to the future”... Não temos isso ainda, mas temos um monte de “coisinhas“ divertidas. É possível clonar seu cachorro ou seu vizinho se quiser; jogar xadrez com um russo pela internet; assistir a uma empolgante partida de golfe entre indianos pela TV a cabo; esquentar o macarrão de ontem no microondas; matar zumbis no “Resident Evil” e sermos felizes através de muito Fluoxetina, Prozac e Lithium no café da manhã. Temos milhares de coisas interessantes para brincar, mas será que estamos feliz com tudo isso?
A humanidade mudou muito neste último século. O homem tornou-se uma máquina no trabalho; é investimento industrial nas escolas; nossa arte que refletia nossa essência, enquanto seres humanos, virou mais um artigo na linha de produção do mundo que os sionista idealizaram. Transformamo-nos típica criança moderna que possui inúmeros brinquedos, mas vive presa e sozinha num condomínio com cercas elétricas e câmeras de seguranças.
Como um cientista louco, tentamos criar coisas que nem sabemos para que serve, apenas para tapar uma lacuna vazia que nós mesmos criamos. Temos um grande avanço tecnológico, mas não sabemos nada da nossa existência, não sabemos de onde surgimos, quem somos ou para onde iremos. Cada vez mais nos precipitamos em nossas dúvidas. Qual será a conseqüência de nosso progresso? Será que nossa vaidade em conquistar o espaço irá morrer na ilusão? Ou então uma proposição mais excêntrica: será que seremos expulsos ou mortos por novas civilizações alienígenas? Ou será que para fugirmos do imenso vazio, que será nosso futuro, escaparemos para o ciberespaço como sugestionou William Gibson com seu Neuromancer?


Por Rodrigo Pölice



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